quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Menopausa precoce: como identificar e o que fazer após o diagnóstico

 Tratamentos de terapia hormonal e fisioterapia pélvica são indicados para as mulheres

A menopausa ocorre normalmente entre os 45 e 55 anos de idade, é um processo natural do corpo de toda mulher e corresponde ao último ciclo menstrual. Nesta etapa, os hormônios femininos, como a progesterona e o estrogênio, caem de forma permanente. Mas para algumas mulheres, a menopausa pode chegar de maneira precoce e trazer alguns problemas para a saúde. Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), ela se caracteriza pelo fim permanente da menstruação antes dos 40 anos de idade e por conta da interrupção de produção de hormônios ovarianos, pode ser percebida pela ausência de menstruação, por pelo menos um ano.

Para a ginecologista da Clínica Ginelife e especialista em saúde da mulher, Dra. Fernanda Lellis, as mulheres devem ficar atentas aos sintomas que são incomuns aos 40 anos de idade ou antes. “Ondas de calor, insônia, ganho de peso, alterações de humor, ressecamento e alteração menstrual são os principais sintomas das mulheres que estão passando por uma menopausa precoce. Elas devem ficar atentas e procurar um especialista o quanto antes, para receber o diagnóstico e começar o tratamento adequado”, comentou. “Lembrando que não tem cura, mas o tratamento ajuda nos sintomas e proporciona uma maior qualidade de vida para as mulheres que estão passando por esse problemas”, completou a ginecologista. 

Quando não tratada da maneira correta, a menopausa precoce pode trazer alguns problemas de saúde, por conta da diminuição dos níveis de alguns hormônios, como doença cardíaca, depressão, ansiedade, osteoporose, hipotireoidismo, problemas oculares e também infertilidade, mas ainda é possível que a mulher engravide com as técnicas de reprodução assistida. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de dosagem hormonal ou até mesmo ultrassom, para averiguar os ovários. 

“As mulheres podem aliviar os sintomas realizando alguns tratamentos, que podem variar de paciente para paciente. Pode ser feita a terapia hormonal, para repor os hormônios que estão em baixa produção, o uso de suplementos, também a realização de exercícios físicos e uma boa alimentação. Todos estes fatores podem promover uma melhor qualidade de vida”, explicou a Dra. Fernanda. 

Fisioterapia pélvica pode ser aliada do tratamento

A fisioterapia pélvica pode auxiliar e combater alguns sintomas da menopausa, seja ela precoce ou não, como incontinência urinária, atrofia vaginal, lubrificação, falta de libido e flacidez. É importante entender que todas estas mudanças são naturais e fazem parte do envelhecimento íntimo, que podem acabar interferindo na autoestima feminina, mas existem formas de amenizar os desconfortos. No caso de atrofia, a dilatação vaginal também é uma técnica essencial e muito importante.

“Por meio das técnicas da fisioterapia pélvica, podemos realizar um ‘rejuvenescimento íntimo’. O uso da radiofrequência junto com microagulhamento e o exercícios para a musculatura do assoalho pélvico, ajuda a melhorar o aspecto da vulva e o seu funcionamento”, ponderou a fisioterapeuta pélvica na Clínica Ginelife, Laura Barrios. “Como são feitos exercícios para melhorar a musculatura do períneo, a mulher pode também sentir uma melhora no orgasmo, porque a paciente tem uma maior quantidade de sangue no local, por conta da tonicidade dos músculos da região”, finalizou.

 

Sobre a Dra. Fernanda Lellis é ginecologista na Clínica Ginelife. Médica pela Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes. Residência de Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina do ABC. Especialização de Videoendoscopia Ginecológica pela Faculdade de Medicina do ABC. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e FEBRASGO. Título de especialista em Endoscopia Ginecológica pela Associação Médica Brasileira e FEBRASGO. Preceptora do setor de Videoendoscopia Ginecológica no Hospital Mario Covas.

Sobre a Laura Barrios é fisioterapeuta pélvica na Clínica Ginelife. Formada em fisioterapia pela Universidade do Grande ABC, com pós-graduação em Fisioterapia Respiratória pela UNICID e em Fisioterapia Pélvica pela Faculdade Inspirar. Mestrado em UTI pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva. Instagram: @clinicaginelife


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